segunda-feira, 9 de junho de 2008

Assembleia de Freguesia - Resposta à Sr.ª Presidente de Junta
Por José Barão Vieira

Do Sr. José Barão Vieira, recebemos, via e-mail, o seguinte texto:

«Para que todos os Soalhenses e frequentadores deste blog fiquem devidamente esclarecidos uma vez que, não sou pessoa de andar a tentar enganar quem quer que seja com mentiras ou meias verdades, escrevendo coisas que não corresponde à realidade, pois sempre pautei a minha actuação na vida politica e autárquica, por princípios de honestidade e de verdade, pelo que também não era agora que iria quebrar esses princípios. Assim sendo, não me parece razoável que a Sr.ª. Presidente de Junta tente confundir aqueles que gostam que a verdade seja dita, custe a quem custar.

E, como não sou candidato a qualquer cargo político ou partidário estou perfeitamente à vontade pois, não estou em pré campanha eleitoral como possivelmente a Sr.ª. Presidente de Junta já se encontra. Por isso, persiste na tentativa de continuar a tentar confundir as pessoas menos esclarecidas, quando deveria era preocupar-se em cumprir as promessas que fez na campanha eleitoral de 2005. Se já não se recorda delas, um dia destes posso avivar-lhe a memória, ou será que também irá dizer que nada prometeu? Bem, mas isso fica para outra ocasião…

Em relação à dita Assembleia de Freguesia, aqui segue a respectiva convocatória que recebi, através de carta registada como manda a Lei Geral e o respectivo Regimento da Assembleia, (a polémica das convocatórias foi criada por esta Junta, pois este Órgão de Soberania tem leis que devem ser cumpridas, no entanto os documentos de suporte, ficaram mais uma vez na gaveta da Sr.ª. Presidente) ou será que pretende gerir esta Junta de Freguesia como de fosse um simples Rancho Folclórico ou outra Associação qualquer? (Sem desprestígio para quaisquer delas), ultrapassando tudo e todos a seu belo prazer? Autoritarismo e prepotência não… o 25 de Abril já foi em 1974, mas como nesta data ainda não era nascida, os princípios personificados por este acontecimento, possivelmente nada lhe digam. Aqui é que eu digo (está tudo dito…).

Mas passemos aos factos:
Na convocatória que recebi diz textualmente no ponto 2 o seguinte:
“Autorização da Junta de Freguesia para contrair empréstimo bancário de curto prazo para a realização dos caminhos de Pereiro - Aldeia, Oliveira - Ribela e São Tiago - Oliveira.”.

Sr.ª Presidente de Junta, será que eu não sei ler, ou será que a Sr.ª Presidente não sabe o que anda a fazer? Até compreendo que ande preocupada e um pouco desnorteada, pois está muito dinheiro em causa, assim como o seu futuro político pode estar comprometido; mas chegar ao cúmulo de me chamar indirectamente analfabeto, assim como a todos aqueles que receberam as respectivas convocatórias é preciso ter “lata”. Olhe que, lá por não ter um “Dr.” no meu curriculum, ainda sei ler bem e escrever português, graças aos bons professores que tive.

Mais; para que servem os 7.500 euros que a lei lhe permite pedir emprestados, quando a sua intenção era endividar a Junta de Freguesia contraindo um empréstimo para a realização das 3 obras mencionadas na convocatória?

Tudo me leva a crer é que era essa a sua intenção quando fez a convocatória, contrair um empréstimo na ordem dos 50 ou 100 mil euros para custear estas despesas, só que entretanto teve de “virar o bico ao prego” porque alguém a alertou para o facto de a lei não lho permitir e então, para tentar tapar olhos, apresentou a proposta da conta caucionada, que, para quem não sabe, é a mesma coisa que contrair um empréstimo bancário, com juros acrescidos os quais a Sr.ª Presidente deveria ter mencionado.

Também não quero entrar na questão das datas que menciona, para cumprimento de certos prazos, porque como aqui já alguém mencionou (N.S), são muito confusas e só servem como justificativos esfarrapados de atitudes irresponsáveis.

Para quem tanto criticou o ex-presidente (F. Torres) de endividar a respectiva Câmara, não tem o mínimo preconceito em tentar fazer o mesmo à Freguesia de Soalhães.

Quanto ao que diz respeito a investimentos na Freguesia de Soalhães em pavimentações com esses valores, ou anda distraída ou então não conhece a Freguesia, senão vejamos:
Pavimentação da estrada da Ribeira; Pavimentação de Tabuado-V.Giesta-Vinheiros-Senradelas; Pavimentações do caminho de Senradelas à E.N. 321 - 1; Pavimentação de Senradelas-Fôjo-Abelha; Pavimentação da estrada do Cruzeiro (Eiró) a Tabuado; Pavimentação do Lugar de Quintã desde a Estrada da Ribeira a Bouças; isto só para mencionar as mais significativas porque muitas outras se fizeram no meu tempo de autarca, das quais me orgulho conjuntamente com todos aqueles que nelas participaram. Mas muitos outros investimentos foram efectuados com valores muito superiores aos que mencionou, como a construção de quatro Jardins de Infância e das escolas de Primárias de S.Salvador e o complexo de Lardosa, para não falar no abastecimento de água, no alargamento do cemitério, no apoio às Associações, no projecto da Zona envolvente à Igreja que este executivo concluiu e no projecto do saneamento básico que está em fase de conclusão, etc.

Tudo isto se fez sem ser preciso recorrer a empréstimos e sem endividar a Junta de Freguesia.
Se, como a Sr.ª Presidente diz, a Junta tem um saldo na ordem dos 53.000 euros, pergunto:
- Para quê então, ter de recorrer ao empréstimo bancário?
- Como justifica as dificuldades de Tesouraria se realmente este saldo é real?
- Será que o empréstimo tem por finalidade o pagamento de honorários ao executivo?
Só assim se compreende esta tomada de decisão, pois uma coisa é certa ou há dinheiro (como a Sr.ª diz) e não é preciso empréstimo, ou a Junta de Freguesia está mesmo falida por má gestão e é mesmo necessário ter de recorrer a pedido de “esmolas, ou uns troquitos”, para pagamento de despesas correntes.

A isto Sr.ª. Presidente de Junta e por muito que lhe custe ouvir, eu continuo a afirmar que é má gestão autárquica, e que por tal motivo optei pela abstenção na votação das Contas de Gerência de 2007, dada a falta de clareza das mesmas e porque mais uma vez estas continuam sem discriminar o saldo dos Jardins de Infância, sem que seja dada qualquer explicação para este facto, desde que a senhora é Presidente de Junta.


Soalhães, 09 de Junho de 2008
José Barão»

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