segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Catastrófico

Depois de um longo período de calmia, regressam em força os telefonemas de marcoenses próximos do PSD. Pessoas preocupadas com o resultado das eleições para a concelhia do PSD. Não sei bem o que lhes possa dizer. O que tinha para dizer, já está dito, escrevi-o por aqui. Quanto ao mais, não sei. Também estou amargurado, indeciso entre esquecer-me do assunto ou levá-lo a sério e manter-me na trincheira.

O que sei é que o que aconteceu no PSD do Marco é uma catástrofe. O PSD volta a ser liderado pelo que há de pior. Por pessoas que não têm uma única ideia para o Marco. Por pessoas que não se interessam pelo Marco. Por pessoas que não têm mais do que um projecto pessoal de poder, onde nunca chegarão sozinhos e, por isso, estarão na disposição de ir às costas de quem quer que seja, nem que seja do diabo, se o diabo as levar.

E bem podem dizer-me - como já me disseram - que a distrital do PSD, liderada por Marco António Costa, está contente com o resultado. Admito que esteja: a Comissão Política de Rui Cunha (tal como o presidente da Câmara) apoiou Marques Mendes contra Menezes nas últimas directas. Mas eu também apoiei Menezes e estou descontente com o resultado. Atitudes. Não vejo a política com os olhos do tacticismo pobre que, no fundo, é a causa de todos os males, a causa do afastamento dos cidadãos da política, a causa do descrédito da classe política.

Dir-me-ão: mas então o pior que há no Marco não é o "torrismo"? Depende. No "torrismo" há alguma substância. Os apoiantes de Ferreira Torres são-no porque acreditam no homem. Estão no seu direito. Houve um tempo em que eu também acreditei. Em quem lidera agora o PSD não há nada que se aproveite. Não há, aliás, quem acredite neles - há quem os use. E eles não se importam de ser usados, desde que ganhem alguma coisa com isso. O Marco é que não ganha nada, seguramente.
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