sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Daqui a pouco dizem que culpa é minha

No blogue Marco Hoje, o meu amigo Jaime Teixeira pronuncia-se sobre o diferendo que anda no PS do Marco e, pelo caminho, vai dizendo que eu, no caso concreto - como em muitos outros - fui provocador. É verdade que nestas coisas da política sou um bocado provocador e já o reconheci em coisas que escrevi. E mais refinado com a idade, como já me disse o nosso presidente da Câmara.
Mas engana-se Jaime Teixeira no caso concreto. E tenho a certeza que qualquer dos implicados na contenda pode confirmar isso mesmo, que não houve da minha parte qualquer intuito de provocar o que quer que seja, a não ser uma clarificação de posições. Por um lado, pretendi que José Carlos Pereira explicasse publicamente as razões que o levaram a sair da sala no momento da votação sobre a retirada do nome de AFT do estádio, como efectivamente - bem ou mal - explicou; em segundo lugar, pretendi que a situação fosse clarificada no PS, o que parece que não vai acontecer, pelo que temo que episódios do género venham a repetir-se no futuro.
E por que o fiz? Não, seguramente, para fomentar a discórdia. Pelo contrário. E, também aqui, qualquer um implicados pode confirmar que até tentei evitar que as dissenções chegassem onde chegaram. Se qualquer um deles quiser explicar o sentido do que aqui escrevo, fica desde já autorizado.
E tentei evitar esta situação, porquê? Não apenas porque sou amigo dos divergentes, mas porque sempre achei que a luta política não devia toldar as relações pessoais, do mesmo modo que não de deve fazer política por causa das questões pessoais. Por outro lado - bem ou mal -, também acho que o Marco tem tudo a ganhar com um PS forte e com um PSD forte. Este é o nosso seguro de vida, esta seria a garantia de que estamos a caminhar para sermos uma terra normal. Se o PSD e o PS forem fortes no Marco, estaremos mais a salvo de derivas de outras paragens, o que, não tendo nada a ver com os outros partidos, tem a ver com outras pessoas.
Creio, por outro lado, que tive uma posição bastante equilibrada nesta matéria. Acho que os meus amigos desavindos têm todos as suas razões, mas que todos poderão acabar por perdê-las se continuarem assim. E creio, também, que no meio de todos eles haverá outros que não resistem a uma intrigazinha pela calada, que em nada os ajuda.
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(Quero dizer, ainda, ao JT o seguinte: o facto de eu ter deixado o Marco Hoje com o argumento - um deles - de que estava cansado da política no Marco, não significa que tenha deixado de observar a política local e de a comentar de vez em quando. De vez em quando. Como, aliás, tentei fazer a partir de certo momento no MH, já depois de deixar o leque de colaboradores regulares, o que não correu bem. No MH, eu sentia-me na obrigação de andar a carregar o piano, porque tinha o meu nome demasiado associado ao blogue. Aqui, sou um mero colaborador, com a graça de nem sequer ter poderes de administrador, o que é bom).
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4 comentários:

Anónimo disse...

Só um aparte, para desanuviar o clima:

Começo a achar que o Administrador do TMQ, no caso eu, têm alguma espécie de super poder! :)

Olhe que não! Olhe que não! :)

NP

Anónimo disse...

Mais a sério:

Caro CR,

Disse bem, disse bem...

NP

o sibilo da serpente disse...

Qual clima? O do PS, presumo :-)

Anónimo disse...

Tá bem... :)