segunda-feira, 9 de julho de 2007

O que nós ainda não temos

Só descobri hoje que a Casa de Quintã tem um site. Fui lá dar uma vista de olhos. Aquele solar é uma obra de arte! Não sei como estará a funcionar o seu turismo de habitação. Mas houve um pormenor que me saltou aos olhos: há no site uma deliberada tentação de explicar que a Casa de Quintã está a escassos 15 Km de Amarante. E com lógica. Amarante tem coisas que o Marco não tem para oferecer a uma clientela da classe alta. Tem golfe. Tem museus. Tem um centro histórico preservado. Tem um hotel de charme conhecido em todo o país (a Casa da Calçada). Conheço muitas pessoas que vêm de Lisboa passar o fim-de-semana a Amarante e conheço muito poucas que vêm passar um fim-de-semana ao Marco. O Marco?, perguntam-me, muitas vezes. Ah, não, vamos para Amarante e damos um salto ao Marco para ver a Igreja do Siza.
O desafio do Marco é mesmo esse: deixar de ser uma terra de passagem para passar a ser um sítio onde se vai passar o fim-de-semana. Ou uma férias. É necessária alguma criatividade para criar polos de interesse turístico. A Igreja do Siza não basta. O anho-assado é curto. Já repararam que o Marco não tem um hotel? Vamos ver até que ponto a reabilitação das margens do Tâmega em Canaveses pode catalizar novos equipamentos. Mas não fiquemos por aqui: Soalhães também pode ter uma palavra a dizer no relançamento turístico do concelho. Não temos rio, mas temos a serra. E que serra!

1 comentário:

Anónimo disse...

Temos imensas possibilidades nessa área... Falta talvez a junção entre a boa iniciativa e o a disponibilidade de capitais para efectuar investimentos.
Nesse campo ainda estamos um pouco no século passado.
NP