segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Nosso Mundo
O pai e a cesariana

Não há, regra geral, razões clínicas objectivas que impeçam um pai de estar presente na sala de partos durante a realização de uma cesariana com epidural. O nosso país tem situações completamente toscas e ridículas.E às quais o Ministério da Saúde fecha os olhos, como se não tivesse nada a ver com o caso, ou como se a autonomia administrativa e financeira dos hospitais permitisse a vilanagem. Enquanto em alguns serviços é prática o pai estar presente quando de uma cesariana com epidural, noutros o acesso é «interdito» porque houve um dia um pai que «desmaiou», porventura, porque lhe ofereceram a ver um parto em vez de um nascimento. A realização de uma cesariana com epidural em que a mãe está lúcida e acordada, e em que o acto médico está claramente separado da intimidade familiar, não é impedimento para a presença do pai na sala de partos. Nem os profissionais, decerto se sentirão influenciados, nas suas decisões e na sua prática, pela presença de pessoas «para lá» do seu campo de trabalho. Aliás, face a qualquer problema repentino, com certeza que o pai aceitaria sair da sala caso surgisse necessidade.
Eu pessoalmente e caso o pai concordasse acho que a sua presença na sala de partos só iria dar conforto e moralizar a grávida... Mas enfim mais um caso no nosso precário sistema de saúde.

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