sexta-feira, 25 de abril de 2008

O nosso mundo
Incêndios e mais incêndios

No dia em que se consolidam as temperaturas altas no nosso país, leio no jornal “O Público” as palavras de Rui Pereira, ministro da Administração Interna, que garante a existência de 56 meios aéreos disponíveis para o combate aos fogos na fase de maior risco de incêndios em Portugal. Segundo diz, esses meios aéreos serão parte integrante de uma empresa (EMA) criada pelo Governo Português, de forma a “garantir um mínimo de autonomia ao Estado em matéria de missões de segurança interna e de protecção civil”. Refere ainda Rui Pereira que estes 56 meios aéreos farão equipa com cerca 2.300 viaturas e 9.600 homens no combate a incêndios. Assim, sim! Um bom investimento que o nosso governo faz para ajudar a preservar o nosso meio natural, mas que ainda assim, não deveria ser o investimento prioritário. Esta decisão tomada pelo ministério da Administração Interna vem mostrar uma preocupação no combate aos incêndios, que deveria ser centrada, não no combate, mas na prevenção. Não era uma atitude mais inteligente evitar a ocorrência de incêndios do que propriamente estar à “espera” que eles ocorram.
Analisando esta questão, a minha observação recai sobre os países do Mundo, mais propriamente aqueles que realmente devem ser considerados desenvolvidos culturalmente e socialmente, e onde obviamente não se inclui Portugal. Nestes, existem programas governamentais de parceria com estabelecimentos prisionais, nos quais são requisitados os serviços de reclusos em fim de pena ou a cumprir pena suspensa para incorporar equipas de limpeza e desbaste de matas afim de EVITAR a ocorrência de incêndios. Isto, sim! Um investimento prioritário, sem gastos avultados para o nosso pobre Governo e que certamente complementava o investimento em meios aéreos, viaturas e homens.
Trata-se apenas de um exemplo dado pelo Mundo, mas que Portugal não consegue, pura e simplesmente, assimilar. A generalidade das ideias no nosso país é mesmo assim. Ideias pensadas sem pensar, o que leva a erros atrás de erros, a despesas atrás de despesas, a pobreza atrás de pobreza… Os nossos políticos têm a função de pensar por um país, de ter ideias por uma país, mas cada vez mais se comprova que esse objectivo não está a ser bem conseguido.
Termino este post com a referência às palavras que o presidente da Assembleia da Républica, Jaime Gama, disse neste dia 25 de Abril…
"Não há democracia sem política e não há política sem ideias políticas", isto é mesmo uma realidade…

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