domingo, 23 de dezembro de 2007

QREN- Toca a correr, ou será que querem perder o comboio?!

alguns dias atrás, o Presidente da República, Cavaco Silva, desafiou as autarquias a unirem-se para poderem tirar melhor partido dos recursos do QREN.
Na Quinta-Feira, o presidente da Câmara de Tomar, António Paiva, foi eleito, por unanimidade, pelos cem municípios da Região Centro para o cargo de gestor administrativo, no âmbito do QREN. O autarca terá agora de abandonar o cargo de presidente que ocupa há praticamente dez anos.
Na Sexta-feira, para espanto de muita gente, um Bispo, na sua mensagem de Natal, defendeu a necessidade de o QREN discriminar positivamente as regiões mais pobres como forma de combater o drama da desertificação.
Para o nosso concelho e para a região onde ele está inserido, o período abrangido pelo QREN (2007-2013) pode ser crucial. O empobrecimento da Região Norte é preocupante. Enquanto o PIB da região e o rendimento “per capita” dos seus habitantes cai a pique, o desemprego e a imigração (para muitos a única bóia de salvação possível) são verdadeiros foguetões.
Os fundos “oferecidos” pelo QREN podem muito bem ser a derradeira oportunidade para a nossa região e em particular para o nosso concelho.
Claro que, antes de se entrar no comboio do QREN, é preciso tirar bilhete e, para evitar algum percalço, preparar a viagem atempadamente. Para comprar o bilhete é necessária vontade, empenho, organização e um pouco de argúcia. Depois, é só pegar no mapa e, com afinco e atenção, estudar o itinerário a seguir.
Tenho esperança que, no nosso concelho, esta fase, que requereu a realização de um diagnostico das necessidades, uma selecção dos alvos prioritários, um gizar de estratégias e uma delineação de parcerias, alianças e possíveis cedências, já foi concluída. De notar, que o último ponto referido é essencial. Tanto mais, que à luz deste QREN é desejável uma maior selectividade e coerência nas intervenções e apoios públicos. Logo, tudo aponta para que se dê preferência à implementação de estratégias globais e de carácter inter municipal, apoiando um número menor de projectos, mas dando primazia a projectos de grande conteúdo estratégico e que beneficiem o maior número possível de cidadãos.
Confesso que, até anteontem, estiva um pouco céptico. Porém, depois de ouvir um bispo falar na importância do QREN, tenho a certeza que os nossos autarcas (onde incluo os dos concelhos vizinhos) estão, desde há muito tempo, empenhados e embrenhados até ao tutano nesta importante e crucial tarefa.

Assim seja!

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