MEMÓRIA, COM SAUDADE (3)
Mas o tempo não pára...
E ainda do fundo do baú, retiro esta foto, que não é mais que a versão melhorada da equipa "outsider" anterior, agora já com sponsor de peso - A Casa do Povo de Soalhães.
Quiseram os dirigentes de então, criar condições condignas para a prática do futebol a um grupo de miúdos que tenazmente tentavam avançar, mas que apenas tinham a vontade e o "famoso" equipamento vermelho...
Nascia assim, uma equipa de gente boa, que não tinha lugar no GRDS (que se bem me lembro também atravessava momentos menos bons de crises directivas) , e que com um forte apoio de rectaguarda e condições únicas, que iam dos equipamentos completos, de qualidade, aos transportes para os jogos e direito a lanche no final das competições, também souberam levar o bom nome de Soalhães com dignidade, educação e acima de tudo muito "fair play", a que não está alheio o facto de ter como treinador, um homem também ele integro, educado e que sabia como ninguém impor o respeito nas vitórias ou nas derrotas, aos atletas que comandava. O meu tributo aqui e hoje ao "velho" Sr.Queirós, na foto do lado direito (não envelheceu meu amigo)...
Memória com saudade...porque já nem todos os que posam na foto, estão neste mundo dos vivos.
(Clicar na foto para ampliar)
5 comentários:
Nestas fotografias, sim, conheço quase todos, uns melhor, outros pior. Alguns já cá não estão e dos que sei tenho saudades.
Ainda me lembro do dia em que esses equipamentos, bem como um outro alternativo, de cor bege e com o símbolo estampado em cor vermelha, chegaram à Casa do Povo. Quando se abriram as caixas a emoção foi enorme. O equipamento era muito completo, não faltando nada. Se não estou em erro, até existi uma maleta de primeiros socorros e sacos individuais para os atletas transportarem os seus equipamentos individuais. Na época, eu era bastante miúdo e para mim, tal como para os outros garotos, era uma honra podermos “carregar” os sacos e as bolas para a carrinha e desta para os balneários.
Depois, enquanto decorriam os jogos, ficávamos para ali, a sonhar com o dia em que, com o peito cheio de orgulho, iríamos vestir uma dessas camisolas. No meu caso, como sempre fui melhor a sonhar do que a jogar à bola, tal nunca aconteceu.
Por norma, acompanhava, quase sempre com o meu padrinho, todos os jogos da equipa da Casa do Povo. No início, talvez devido à grande juventude do plantel, os resultados não eram muito famosos, mas a amizade, o companheirismo, a alegria, o "fair play" e os lanches ao fim dos jogos (única actividade onde participava activamente) eram excelentes.
Abraço!
Célio, também tenho estas três fotos, que já mostrei (orgulhoso) ao meu filho. Grandes tempos, que às vezes recordo com o nosso mister de então, o Senhor Queirós.
Convém dizer que os primos Soares asseguravam a retaguarda da equipa: o Vítor na baliza, eu e o Célio como defesas-centrais de luxo! O pior era quando nos apareciam pela frente uns tipos jeitosos e matreiros, com mais dez ou quinze anos do que nós.
G.R., recordo particularmente um jogo e um lanche em Frende (Baião) em que fomos acompanhados pelo padre Gregório. Provavelmente, também lá estavas. Abraço
Para que conste, os sacos que o Gregório refere, eram azuis claros e eram de uma marca de Cola, conseguidos pelo Sr.Queirós, nosso treinador.
Existia sim a mala de primeiros socorros, onde havia de tudo, até o spray milagroso.
Talvez não se recordem, mas no final de cada jogo até tinhamos direito a um tratador das botas (já falecido creio eu), o Sr Júlio sapateiro.
Mesmo eu que sou mais novo lembro-me de com a bandeira da Casa do Povo em mãos, na carrinha de caixa aberta do Sr. Germano, acompanhar a equipa da Casa do Povo.
Lembro-me bem do Sr. Queirós como Treinador e lembro-me melhor ainda dos sacos 'azul bebe' da Pepsi!
Era criança mas lembro-me de muito desses tempos...
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