sábado, 7 de julho de 2007

Ladário, uma visão intermédia das coisas…

Faz algum tempo que o Dr. Coutinho Ribeiro publicou neste espaço uma sugestão de reabilitação para a zona do Ladário, mais especificamente o “bairro” e o campo de futebol. A substituição do bairro e do campo de futebol por uma praça e algumas casas dignas desse nome foi o sugerido. Posteriormente a Sra. Presidente de Junta referiu que o assunto estava a ser estudado, e que a substituição do “bairro” por uma habitação social poderia ser a solução. CR respondeu apelando para a não construção de um novo bairro, uma vez que os problemas iriam manter-se.
Toda a gente sabe que a fama daquele local mantém-se no que diz respeito aos seus habitantes, e a simples mudança das suas pequenas casas para um prédio não iria alterar em nada a situação actualmente vivida. Pois bem, a minha sugestão cai um pouco entre ambas as opiniões…
A hipotética mudança do campo de futebol para outro local da freguesia traria, para além de melhores condições para o GDRS que até quer federar-se, a possibilidade de se negociar a utilização de uma grande extensão de terreno para a reabilitação de uma zona e de um grupo de pessoas que à muito morre no seu próprio ambiente social. A construção de casas lindas proposta por CR sobrepõe-se claramente à habitação social proposta por CV, ainda que poderiam juntar-se as duas ideias e juntar mais qualquer coisa… Porque não criar a tal habitação social mas em formato de uma moradia unifamiliar ou mesmo bifamiliar? Essas moradias seriam depois espalhadas por vários pontos da freguesia já urbanizados (terreno certamente não falta), podendo mesmo manter-se uma a duas delas no local em questão. Assim, além de se conseguir reabilitar a zona do Ladário, também se conseguia uma reabilitação social das famílias que à muito respiram os ares daquele local, bem como, a eliminação de um espaço que há muito se tornou num ponto negro da freguesia. Existem já casos de famílias que se mudaram de do “bairro” para outras zonas da freguesia, em que, grande maioria resultou.
Se for possível mudar tudo isto de uma vez só, facilmente se conseguirão atrair novas massas humanas e investimentos para o Ladário.A reabilitação a nível arquitectónico e de espaços da zona do “bairro” e do campo de futebol pode ser outro tema a debater neste blog... Existem alguns tipos de espaços e serviços que poderiam tornar-se úteis, esteticamente agradáveis e funcionais para aquela área e certamente para Soalhães.

2 comentários:

o sibilo da serpente disse...

Caríssimo:
Tanto quanto sei, no bairro vivem actualmente apenas dois agregados familiares e pequenos, tanto quanto sei. Daí eu não ter visto necessidade de criar ali um novo bairro de habitação social. Eu sempre tive algum medo do modelo de bairros que acabam por transformar-se invariavelmente em guetos.
Mas a ser construído um bairro social, acho que não deve ser naquele sítio - deve ser noutro sítio, menos estigmatizante. Aquela zona só se transforma se tiver alguma coisa completamente diferente de um novo bairro.
Mas é óbvio que posso não ter razão.

Anónimo disse...

Nelson,
Quanto à questão da mudança de localização do Campo do GDRS sabes melhor do que eu, pois ainda fazes parte dos orgaos sociais do GDRS e eu já não, que essa situação está dificultada pela indefinição juridica criada à volta da posse dos terrenos onde se encontra o campo.
Quanto à reabilitação da zona Bairro/Ladário ou eu vivo noutra realidade ou o problema está bastante mitigado, se comparado com o passado recente.
Não penso que aquela zona precise de uma intervenção assim tão grande, o problema social dessa zona é muito localizado, nada que se compare com o passado.
Mas é evidente que se a intervenção existisse era óptimo!
O parque habitacional (sem falar do parque automóvel) que rodeia o bairro é sem dúvida de boa qualidade, por isso o problema é pontual...
NP