ASSIM, SIM...
No passado sábado, fiz uma incursão rápida por Soalhães e não pude deixar de reparar na placa toponimica que junto, com uma enorme satisfação.
Satisfação, por ver que há preocupação em perpetuar o nome de pessoas que marcaram esta terra, que nada levaram dela porque a morte é despojada, mas deixaram algo de si com "uma marca" vincada.
Poder-se-á guardar boas ou menos boas recordações. Mas certamente, que todos os que durante décadas conviveram com o Padre Gregório, não ficarão indiferentes ao que era o seu estilo, a sua personalidade controversa ou não, ou mesmo á sua forma de pregar a fé a quem o ouvia.
Mas em Soalhães, quantas pessoas haverá que não recordarão do Padre Gregório
um dos sacramentos da Igreja : baptizado, comunhão solene, crisma, casamento e até os últimos sacramentos de um familiar que já partiu ?
E quem de nós, os que usavam noutros tempos, antes do GDRS, o adro da igreja como campo de futebol, hoje impossivel (ai aqueles candeeiros), não ouviu um raspanete do Sr.Abade por faltar ao terço no mês de Maio ?
Eu pessoalmente, congratulo-me com esta ideia.
Ninguém passa pela nossa vida sem levar um pouco dela; mas também ninguém passa pela nossa vida, sem deixar um pouco de si.
Assim, sim...
5 comentários:
Eu pessoalmente lembro-me do Padre Gregório dos tempos de criança. Acho que a homenagem é adequada.
Mas por cá há quem pense que haveria quem merecesse mais, é o que ouço... Mas a esmagadora maioria parece que concordou com a escolha.
Olhe a partir de momento que o ex-Presidente da CM tem uma rua com o seu nome, já pouco se terá a dizer... Enfim...
NP
Ora aí está...sem espinhas.
Um abraço
Acho completamente acertada a ideia de dar o nome do Padre Gregório a uma rua de Soalhães. Não sabia que já existia. Lembro-me bem dele e fiquei dele com uma magnífica impressão, mesmo quando é certo de que sempre tive uma relação tensa com padres. Pelo menos com alguns.
Célio,
Como deves imaginar, foi com muito agrado e alegria que li este teu “post”. Quando a Drª Cristina Vieira, de forma bastante simpática, me comunicou da intenção da Junta de freguesia efectuar uma homenagem ao Padre Gregório (meu padrinho), atribuindo-lhe o nome de uma rua, fiquei extremamente feliz. Como sabes, para felicidade minha, fui criado, como um filho, pelo Padre Gregório e sempre o vi e amei como se fosse, como é moda agora dizer, o meu pai biológico.
Já tinha pensado escrever algumas linhas, não só sobre esta homenagem, mas também sobre os quase quarenta anos que o meu padrinho dedicou à freguesia de Soalhães. Porém, talvez por pudor, ainda não tinha tido coragem abordar este assunto. Este teu “post” teve o dom de abrir uma porta que, pelo menos no ensarilhado novelo dos meus pensamentos, estava fechada. Agora, que tu, com gentileza, ma abriste não tenho desculpa para ficar em silêncio. Contudo, não vai ser para já que vou tocar neste tema.
Abraço!
Caro Gregório,
Ao deparar com aquela placa não pude deixar de sentir uma profunda vontade de escrever também, algo de mais sentido sobre o teu Padrinho. Foi ele que me baptizou, fez a minha comunhão solene, crisma, casou-me e baptizou o meu filho. Foi ele que acompanhou até á última morada muitos dos meus entes queridos que já partiram. Não podia deixar de dar a conhecer a homenagem que em boa hora fizeram ao Padre Gregório e se com isso consegui abrir as portas da tua recordação bem mais próxima, porque cresceste sob a sua protecção, fico mais feliz ainda porque sei que a partir de agora tens uma responsabilidade acrescida e pelos vistos vontade não te falta, de nos falares dessa figura carismática que dedicou toda a sua vida a Soalhães. Ficamos á espera.
Um abraço
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