sexta-feira, 20 de junho de 2008

Quem não deve, não teme: por isso fica aqui a minha resposta ao Dr. Nuno Pinto - Pelo Dr. Paulo Vieira da Silva

Do Dr. Paulo Vieira da Silva recebemos, via e-mail, o pedido de publicação do seguinte texto:

«Em 1997 as Comissões Políticas Nacionais e Distritais do PSD e do CDS celebraram um acordo autárquico para o concelho de Marco de Canaveses em que decidiram que o PSD não concorreria apoiando e integrando as listas do CDS/PP.

Esta decisão política foi tomada ao mais alto nível pelo ex-presidente do PSD e actual Conselheiro de Estado, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e pelo antigo líder da Distrital do Porto e actual presidente da Câmara Municipal de Gaia, Dr. Luís Filipe Menezes.

Foi-me transmitido pelos mais altos dirigentes do PSD nacional que isto apenas estava acontecer devido à completa inoperância dos dirigentes concelhios do PSD Marco desse tempo que não foram capazes de arranjar uma candidatura autónoma do Partido.

Nessa altura, a Comissão Política da JSD Marco, da qual eu era o seu presidente, atendendo a que não havia outra alternativa decidiu acatar as decisões superiores do PSD, e assim disciplinadamente apoiar o acordo autárquico então celebrado.

Recordo-me que na época, outros militantes preferiram ir contra o PSD e decidiram apoiar ou até integrar as listas do Partido Socialista como são exemplo o actual presidente da Junta de Ariz, Joaquim Oliveira ou Gil Mendes, entre outros.

Há muitos anos que sou vítima muito injustamente de violentos ataques pessoais e políticos por ter sido em 1998 assessor na Câmara Municipal do Marco de Canaveses para a área da Juventude. Estas pessoas refugiam-se sempre atrás deste argumento porque sabem muito bem que não conseguem atacar-me de outra forma.

Mas quero sublinhar que apenas exerci essas funções ao abrigo desse acordo autárquico, tentando representar e defender os interesses dos jovens e os ideais social democratas na Autarquia e que nunca o teria sido em quaisquer outras circunstâncias.

Aliás, um ano antes de terminar esse mandato apresentei a minha demissão das funções que ocupava porque as divergências políticas com o CDS começaram a acentuar-se, tornando assim o meu trabalho mais difícil de realizar. Quem me conhece bem, sabe que não fui, não sou, nem nunca serei subserviente a quem quer que seja. Ao contrário de outros, penso pela minha própria cabeça, digo e escrevo o que penso e assino sempre por baixo. Sempre de consciência tranquila.

Os meus 10 anos de empenho e dedicação à JSD e ao PSD falam por mim. Fui Presidente da JSD Marco, Secretário-Geral da Distrital da JSD do Porto, Director Distrital da JSD de várias Campanhas Eleitorais, membro das Comissões Políticas Distritais presididas por Luís Filipe Menezes – neste caso por inerência da distrital da JSD - e por Marco António Costa, bem como Conselheiro Nacional da JSD e do PSD, entre outras funções que desempenhei ao longo destes anos.

E até fui em 2002, com muito orgulho, eleito em Congresso Nacional da JSD Militante Honorário da Juventude Social Democrata.

Julgo que muito poucos militantes da concelhia do PSD do Marco terão dedicado tanto tempo da sua vida em prol da JSD e do PSD. Por isso, relativamente ao empenho e à dedicação ao PSD, não recebo lições de moral de ninguém. Mais uma vez aqui sinto-me de consciência bem tranquila.

E que fique bem claro: eu nunca concorri contra o meu Partido, ao contrário do sr. António Coutinho que, por exemplo nas eleições Autárquicas de 1989, integrou as listas do CDS lideradas por Ferreira Torres contra as listas do PSD encabeçadas pelo sr. Coronel António Monteiro. Em 1997, apenas integrei as listas do CDS, e na qualidade de independente, na sequência do acordo autárquico assinado pelo então Presidente do PSD, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo então Presidente da Distrital do PSD Porto, Dr. Luís Filipe Menezes, que decidiram que o PSD não concorreria às eleições autárquicas desse ano no Marco de Canaveses, apoiando e fazendo integrar alguns dos seus militantes e dirigentes nas listas do CDS/PP.

E por aqui me fico relativamente ao acordo autárquico de 1997. Estou certo que as pessoas bem intencionadas ficaram de uma vez por todas devidamente esclarecidas.

Aceite os meus cumprimentos.

Paulo Vieira da Silva»

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