Regar no molhado

Hoje está a chover muito. Ontem, muito choveu.
A chuva, por vezes quase diluviana, lavou as ruas, regou os campos e com sofreguidão lambeu os animais vadios.
A chuva, a quem agradeço, apagou todos os vestígios de sujidade e de pó da chaparia do meu carro.
Contudo, pelo que percebi, a água que de forma abundante e desinteressada caía dos céus não era suficiente para matar a sede à relva das rotundas do Marco. Pois, ontem de manhã, a competição entre as gotas da chuva e as gotículas do equipamento de rega da rotunda situada junto ao quartel dos Bombeiros era enorme.