segunda-feira, 16 de julho de 2007

Soalhães: Datas que fizeram história (#02) ou Sonho de uma noite de verão

Ontem, dia 15 de Julho, completaram-se 493 anos sobre a criação, por foral de D. Manuel I, do (entretanto extinto) concelho de Soalhães.
Estava eu a matutar nesta data, que para a maioria dos filhos de Soalhães pouco, ou mesmo nada dirá, quando retive uma cogitação. É triste, ou no mínimo estranho, que sendo Soalhães uma freguesia com tão rico passado histórico, com um presente bem aceso e, pelo menos assim o prevejo, com um futuro risonho, ainda ninguém, pelo menos que eu tenha conhecimento, tenha publicado uma obra, tipo monografia, sobre esta freguesia. Muito embora, e isso eu sei, já alguns pensaram levar avante uma empresa desse tipo.
Ora, julgo eu, seria de todo o interesse, compilar em livro a diversa e dispersa informação sobre a nossa freguesia. Claro que, limitar esta obra a uma hipotética colecção de factos e locais de índole histórico e arqueológico seria redutor. O ideal seria ir mais além, fazendo um estudo sócio-cultural e demográfico da freguesia, o qual poderia ser completado com uma recolha sobre as necessidades actuais e uma visão sobre as perspectivas futuras da mesma.
Isto é apenas uma ideia, ainda que incipiente. Diria que é um embrião, fruto da fertilização in-vitro (ou de uma noite de insónia?), que aguarda ser transplantado para a barriga da sua futura mãe.
O meu sonho, era que este blog, quiçá já com a colaboração destes senhores, quisesse ser o útero deste pequeno embrião. Um embrião que, por certo, teria um longo e complicado período de gestação. Mas que, daqui a sete anos, por altura do 500º aniversário da criação do concelho de Soalhães, iria nascer de parto natural.

4 comentários:

jcp (José Carlos Pereira) disse...

Ora aqui está uma excelente ideia. A sua concretização poderia merecer o apoio da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal e envolver conterrâneos nossos, preferencialmente jovens, com o objectivo de assinalar condignamente os 500 anos da criação do concelho de Soalhães. Não faltará gente disponível, e com formação nas ciências humanas e sociais, capaz de fazer um trabalho que honre a nossa terra.

o sibilo da serpente disse...

Claro que a ideia é excelente. O problema é que implica muita dedicação. E o tempo das pessoas é escasso.
Pela minha parte, não me estou a ver fazer trabalhos de pesquisa. Pelo menos no curto prazo. Poderei, quando muito, ajudar a organizar os textos.
Mas se alguém tiver essa disponibilidade, força nisso.
Aliás, eu acho que o GR deve ter muito material em mão.

Anónimo disse...

Também concordo com os méritos da ideia, mas não posso deixar de concordar também com o CR.
Mas se alguém avançar cá estarei para ajudar, dentro do possivel...
Vejam a dificuldade de juntar as pessoas de Soalhães à discussão no TMQ... Não é nada fácil...
Mas pelo menos que daqui a 7 anos se festeje de forma condigna essa data tão importante e que a maioria dos Soalhenses desconhecem.
Nisto as entidades oficiais terão algo a dizer. O futuro o demonstrará ou nao.
NP

G.R. disse...

Sim, é verdade que se trata de uma tarefa espinhosa. No entanto, o universo temporal, por mim, estipulado é bastante alargado. Muito embora, como refere o CR, eu tenha algum material, este, praticamente todo de cariz histórico, é manifestamente insuficiente. Julgo, que este projecto só será viável, pelo menos com o grau de qualidade desejado, se houver uma fusão de saberes (de diversas áreas), de ideias, de vontades e de experiências. Em suma, se for um projecto colectivo onde entrem em cena vários cooperadores. O JCP está em crer que não faltará gente disponível. Eu digo presente. Pelo que li, nos comentários anteriores, não serei o único.
Para já, vou deixar a ideia algum tempo a burilar. Depois …