Retratos com memória desvendam fragmentos da nossa história #01
- Olha lá, achas que, mesmo que fosses artista no manejo das palavras, conseguias revelar, de forma digna, bela e verdadeira, tudo aquilo que eu represento?
Como eu, um pouco surpreso e amedrontado – pois era a primeira fez que uma fotografia se me dirigia naqueles termos – me limitei a um tímido encolher de ombros, ela continuou:
- Então, pára de pensar e deixa que eu fale ao mundo! Pois, além de, mesmo calada, me expressar melhor que tu, o calor libertado pelos teus miolos a fritar, visto eu ser feita em papel, pode causar grave dano.
Para aqueles que, por este ou aquele motivo, não entendem a "linguagem" da fotografia, deixo aqui algumas elucidações.
Uma particularidade deste retrato, é de que nele figuram vários soalhanenses, muitos deles infelizmente já não estão entre nós, que de uma forma ou de outra, estão intimamente ligados a pessoas que (quer como membros efectivos, quer como comentadores) participam neste blog. Alguns exemplos, sem citar os nomes dos retratados e salvo qualquer erro ou omissão:
O pai do Coutinho Ribeiro, a avó e vários tios e tias do Célio Soares e do José Carlos Pereira, o pai deste último, um tio de Carlos Aguiar, a minha mãe e vários tios e primos.
7 comentários:
Caro Nuno,
Esta foto é fantástica, mas infelizmente já me debrucei sobre ela e não consigo vislumbrar ninguém conhecido.
Se conseguires dá lá uma ajuda.
Caro Célio,
A foto é do Gregório e eu sinceramente não reconheço ninguém...
Só nasci duas décadas depois...
Talvez o GR possa ajudar.
NP
Depois de análise minuciosa, só consegui (creio eu) identificar duas pessoas. Infelizmente uma delas já desaparecida. Com a margem de erro de quem há 50 anos não era nascido, creio que o Pai do Coutinho Ribeiro, Sr.Joaquim Ribeiro, será o Único de óculos escuros e com uma guitarra. O outro que penso estar certo, é o mais alto com um violino, e que será (???) o Sr.Claudino "sapateiro"...
Mais não consigo...
Pois, parece que o meu pai é o que está com ar roqueiro. Ele próprio teve dificuldade em identificar-se. Foi lá porque, ao tempo, em vez de banjolim, tocava bandola ou coisa parecida. Está o Sr. Claudino, o Sr. Firmino, o Sr. Joaquim do Adro, a D. Nadir, a D. Branca, a D. Leonor, a D. Fátima e mais uma série de nomes que não retive (mas ficaram de ver a coisa com mais atenção).
O Célio acertou nos nomes apontados. Da mesma forma, todas as pessoas indicadas pelo Coutinho Ribeiro fazem parte da fotografia.
Além das pessoas mencionadas, figuram ainda neste retrato, entre outros que não consigo identificar, as seguintes pessoas: o saudoso Sr. António “Folhetas” (está com mão no chapéu); a Srª de mais idade e de lenço na cabeça é a, também infelizmente já falecida, avó paterna do Célio (também minha tia) D.Leonor; o rapaz sorridente, que tem a cabeça na direcção do cabo da bandola (e assim, com o nome deste curioso instrumento, adicionei mais um vocábulo ao meu dicionário) do Sr. Joaquim Ribeiro é Sr. António, pai do JCP e ainda o Sr Orlando (meu tio) e o Sr. Coutinho (o tocador de viola - violão? - mais à direita).
A minha mãe ajudou-me a identificar praticamente todas as pessoas da fotografia, tendo eu, posteriormente, elaborado uma lista das mesmas. Contudo, no local onde me encontro, não tenho acesso a essa lista, daí terem ficado alguns nomes por citar.
Abraço para todos!
G.R., só tinha reconhecido a minha avó Leonor. E como ainda não mostrei a foto aos meus pais, não consegui reconhecer mais ninguém. Nem o meu pai (que agora já localizei com as tuas dicas).
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