quarta-feira, 20 de junho de 2007

É O APELO DA TERRA...

Meu caro Nuno, não tem que se admirar pelo facto de entre os quatro contribuidores do Blog apenas você residir em Soalhães. Não sei se o convite foi extensivo a mais residentes. Se o foi e não entraram nesta "aventura" como escrevi no meu primeiro post, talvez não seja porque não sintam vontade de o fazer, apenas como diz o nosso companheiro de aventura, Coutinho Ribeiro, o medo da exposição por vezes inibe a vontade de ir mais além. É evidente que gostaria de ver aqui outras pessoas, reconhecidos amantes dessa "terra do mata e queima" e que ao longo do tempo muito têm contribuido para o que se tem feito por essas paragens. Não citarei nomes, mas poderia fazê-lo. Quero acreditar que o tempo que tudo resolve, traga á liça outros descomplexados da escrita e amantes da nossa terra, para connosco partilharem recordações, anseios, criticas construtivas, devaneios e acima de tudo, ideias para o futuro. O facto de entre quatro contribuidores, três não residirem em Soalhães, para mim, apenas tem uma explicação. É O APELO DA TERRA...
A distância não muda as raízes. Assim como o tempo não muda os sentimentos.
Como se explica o regresso sazonal de todos aqueles que labutam noutros países ás suas origens ? É O APELO DA TERRA...
Nós, os que estamos fora, sentimos com maior intensidade a necessidade de expressar a nossa ligação ás raízes. Sentimos como ninguém o que nos parece menos bem e rejubilamos com uma intensidade maior com o que de bom vai acontecendo por aí. Já reparou que até o simples facto de termos um conterrâneo subindo na categoria dos árbitros, é mote para sentidos elogios, de pessoas que nem o conhecem ? Só que o
APELO DA TERRA é mais forte e "um dos nossos" valerá sempre muito mais que "um batalhão dos outros".
Acredito piamente caro Nuno, que o efeito bola de neve há-de acontecer. E daqui lanço o meu repto aos que aí residem, que diáriamente contactam com a realidade nua e crua, que se dispam (salvo seja) de preconceitos e comecem a fazer uso deste espaço, para nos irem dando conta a nós que estamos fora, do que por aí se vai passando. Ao Nuno, caberá por certo uma quota importante na divulgação e motivação das pessoas que têm a felicidade de continuar a viver por aí.
Soalhães, não é só história de bruxarias e facadas. Soalhães é sinónimo de muitos êxitos : Advogados, médicos, engenheiros, economistas, arquitectos, professores... muitos professores. A estes últimos lanço o meu desafio, cumpram neste local privilegiado a vossa missao social de chamar á "aventura" os contadores de histórias da nossa terra.
Este pode ser um espaço, de humor também, porque não ?
Quantas histórias de fazerem rir "as pedras da calçada" como diz o nosso povo, não estarão adormecidas nas mentes de todos nós, vividas por aí e que partilhadas aqui, seriam certamente um bom lenitivo para aproximar os que estão arredios e espicaçar os que têm medo da critica. Aqui não há espaço para criticar quem de bom grado quer contribuir. Não é um espaço de obra literária, mas de explosão de sentimentos.
Vamos a isso caro Nuno. Aos que estão fora, deixem brotar O APELO DA TERRA...

3 comentários:

o sibilo da serpente disse...

Eu sei que estou a precisar de óculos, homem, mas acho que desta vez é mesmo a letra que está pequena. Podias aumentar? Depois de ter roído o que ainda me resta da vista, acho que tens toda a razão no que dizes.

Anónimo disse...

Claro que vivendo em Soalhães a minha visão das coisas será mais aproximada...
Mas nem sempre isso é um factor positivo por si só...
Tenho andado um pouco ocupado mas em breve lancarei um ou dois temas a debate.
NP

Anónimo disse...

Lancei o desafio a algumas (não muitas) pessoas residentes e não residentes que, a meu ver, preferiram ignorar o caso (pela sua pouca relevância e se calhar com razão)...
É muito mais conveniente...
Talvez no futuro se arrependam e já seja tarde demais...
Mas o mais engraçado é que alguns têm 'a lata' de propor temas!!!
Haja paciência!
Mas em boa verdade isto da net em Soalhães ainda é uma realidade um pouco distante... Acreditem e sigamos.
NP